terça-feira, abril 13, 2010
Parapente
Me senti como parte da natureza, o cenário era lindo e o barulho do vento era bem forte. Tudo perfeito. Havia mais três aventureiros voando pelo céu comigo na mesma hora e isso deixava a paisagem ainda mais linda.
Falar sobre a sensação que senti em estar no céu é quase impossível, o nervosismo e adrenalina é tanta que mal você consegue definir esse sentimento. Isso só quem voar, vai entender do que estou falando.
Essa minha aventura durou cerca de 15 minutos. É o instrutor que controla toda a decolagem, o passeio,e até o paraquedas, por garantia.
Na primeira tentativa não deu certo, e isso me deixou ainda mais nervosa. Corri para o final do morro e tive que voltar, pois o vento não estava ideal na hora de decolar.
Meu coração batia tão forte que achei que ele iria sair pela boca. Era isso que eu pensava o tempo todo. Quando Carlinhos Tuchai, meu instrutor disse para eu correr mais uma vez e voar, foi simplesmente a maior adrenalina da minha vida. Eu estava realmente voando, não é como de avião, acreditem, é muito diferente!
Na hora de aterrissar uma outra surpresa, o vento não estava tão bom e caímos sentados no chão, sendo que o ideal é estar em pé na hora da aterrissagem. Apesar de todo meu nervosismo e de me sentir um pouco tonta durante o voo foi uma experiência maravilhosa e única.
Eu o conheci no morro do Voturuá em São Vicente. Praticante do esporte há 18 anos, Carlinhos me convidou a fazer um vôo duplo de paraglider com ele, não pensei duas vezes, vou ter que saltar. Em menos de 5 minutos eu estava com todo o equipamento no corpo pronta para decolar.
Carlinhos me contou quais são os equipamentos necessários para praticar o esporte. São: selet, o paraquedas reserva, um par de mosquetão, e o velame. E essa aventura não fica barato não, o custo todo fica por volta de R$ 8.500.
Ele disse também que essa paixão pelo esporte começou por ele se sentir muito livre, e desde então isso tornou-se um vicio. Sua primeira experiência foi em um vôo que durou 40 minutos, e depois disso nunca mais parou de voar.
Assim eu anoto minha primeira aventura, e olhe que agora quero colecionar.
A História
A história está relacionada à conquista do espaço. Os primeiros modelos de parapente foram feitos especialmente para espaçonaves. Foi o norte-americano, David Barish que se dedicou a criar um novo paráquedas destinado ao projeto Apolo, da NASA.
Em 1973, David escreveu o primeiro manual de paragliding, mostrando o esporte com uma variante do voo livre. Esse manual viria a ser o guia para o parapente atual.
Atualmente, mais de 100 mil pessoas praticam o esporte em todo o mundo.
Parapente no Brasil
No Brasil, o primeiro voo de Paraglider que se tem registro aconteceu em 1988, no Rio de Janeiro, onde dois suíços decolaram da rampa da Pedra Bonita que já era utilizada por praticantes de asa-delta.
Hoje, o Brasil ocupa atualmente a 7ª colocação do ranking mundial em prática do esporte.
Dicas para praticar parapente
Existem escolas especializadas em parapente oferecendo toda infra-estrutura necessária para quem quer se iniciar no esporte. Além do curso preparatório que é obrigatório, você tem acesso aos equipamentos.
Equipamentos do Parapente
Velame - a maior parte do equipamento. É dividido em três partes: vela, linha e tirantes.
Selete - funciona como um casulo, e é onde o atleta fica durante todo o voo.
Acoplado ao selete fica o paraquedas, que se utiliza para casos de emergência.
Mariana Beda
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